"CANTINHO DA INSPIRAÇÃO, BASEADO EM FRASES DE GRANDES PENSADORES!"
A maneira mais rápida e certa de viver com dignidade é ser realmente o que aparentamos ser. Todas as virtudes humanas aumentam e se fortificam quando as praticamos e as vivenciamos. (Sócrates – Filósofo Grego).
Ninguém
ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós
ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre. (Paulo Freire)
Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos. (Pitágoras)
O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele. (Immanuel Kant)
O mestre disse: Por Natureza, os homens são próximos; a educação é que os afasta. (Confúcio)
A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender já se instrui.(Jean Jacques Rousseau)
Profeta Gentileza
Imagem: nicholasgimenes.blogspot.com.br
Gentileza gera gentileza
Na minha opinião não interessa se o "Profeta Gentileza" era um louco, sábio ou maluco beleza. O fato é que nos tempos cada vez mais acelerados e competitivos em que vivemos, alguns valores que considero necessários para vivermos de forma pacífica e produtiva conosco e com os outros estão se perdendo pelo caminho. A gentileza é um deles.
Na minha opinião não interessa se o "Profeta Gentileza" era um louco, sábio ou maluco beleza. O fato é que nos tempos cada vez mais acelerados e competitivos em que vivemos, alguns valores que considero necessários para vivermos de forma pacífica e produtiva conosco e com os outros estão se perdendo pelo caminho. A gentileza é um deles.
Faz uns dois ou três anos, enquanto andava por uma das calçadas lotadas do centro da cidade onde vivo, um homem de meia idade, ao passar por outro homem de uns 20 anos aproximadamente, esbarrou seu ombro no dele. O mais velho parou, virou-se para trás e desculpou-se pelo “encontrão” e o mais novo, sem parar, virou-se e disse “além de esbarrar nos outros, pára para pedir desculpas, não tem nada para fazer?”, seguindo seu caminho julgando-se cheio de razão. Este episódio, infelizmente verídico (pois poderia ser uma piada de mau gosto), me fez pensar que nos tempos da banda larga a sensibilidade parece andar cada vez mais estreita.
Em ambientes com poucas oportunidades e muitos concorrentes o convívio tende a tornar-se tenso e violento. É aí que entra o “verniz social”, no bom sentido, tornando os relacionamentos sociais mais amenos e a vida mais fácil.
Gentilezas como ceder um lugar no ônibus ou na fila, dar passagem, abrir uma porta, ouvir sem interromper e por aí vai não exigem tanto tempo ou esforço e tornam melhor a vida de quem as recebeu. Pode ser que tais atitudes sejam apenas uma gota refrescante em um terreno árido, mas acredito que vale a pena o esforço de tentar viver e divulgar este comportamento.
Espero que goste de conhecer a vida e mensagem do "Profeta Gentileza".
Imagem: amandacorrea.blogspot.com
José Datrino, mais conhecido como Profeta Gentileza, nasceu no dia 11 de abril de 1917 em Cafelândia (SP). Com mais onze irmãos, teve uma infância de muito trabalho, na qual lidava diretamente com a terra e com os animais. Para ajudar a família puxava carroça vendendo lenha nas proximidades.
Desde sua infância era possuidor de um comportamento incomum. Por volta dos 13 anos de idade passou a ter premonições, acreditando que um dia, depois de constituir família, filhos e bens, deixaria tudo em prol de sua missão na Terra.
No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói (RJ) houve um grande incêndio no “Gran Circus Norte-Americano”, considerado uma das maiores fatalidades em todo o mundo circense. Neste incêndio morreram mais de 400 pessoas, a maioria crianças. Seis dias após o acontecimento, em 23 dezembro, José acordou alegando ter ouvido "vozes astrais", segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual.
Pai de 5 crianças e dono de uma transportadora, pegou um de seus caminhões e foi para o local do incêndio. Plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo, local que foi palco de tantas alegrias e de muita tristeza. Lá José Datrino morou por 4 anos, consolando voluntariamente os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. Daquele dia em diante passou a se chamar "Jozze Agradecido" ou simplesmente "Profeta Gentileza".
Após deixar o local que foi denominado "Paraíso Gentileza", ele começou sua jornada como personagem andarilho. A partir de 1970 percorreu toda a cidade de Niterói. Era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, fazendo sua pregação, distribuindo flores, oferecendo ajuda e levando palavras de amor e respeito pelo próximo e pela natureza a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: - "Sou maluco para te amar e louco para te salvar”.
O ex-empresário foi internado três vezes em manicômios, mas nunca desistiu de levar sua mensagem também às cidades da Baixada Fluminense, chegando a ir a outros estados.
Um artigo de autoria da professora Luiza Petersen e do jornalista e escritor Marcelo Câmara, que conviveram com Datrino, afirma que ele, apesar de falar em gentileza era "agressivo, moralista e desbocado [...] ofendia e ameaçava espancar transeuntes", ao ponto de às vezes ser necessário chamar a polícia para acalmá-lo. "Suas principais vítimas eram as mulheres de minissaia ou com calças apertadas, de cabelos curtos, que usavam maquiagem, salto alto e adereços [...] A maioria da população, especialmente as mulheres e crianças, fugia dele". Segundo os autores, a imagem que se criou dele após sua morte não corresponde às lembranças dos que conviveram com ele entre os anos 1960 e 1970.
A partir de 1980 escolheu 56 pilastras do Viaduto do Caju, que vai do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5 km na cidade do Rio de Janeiro, e as encheu com inscrições em verde e amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização, incentivando as pessoas a usarem a gentileza.
Em seus ensinamentos, Gentileza propunha trocar as palavras “obrigado” por “agradecido”, e “por favor” por “por gentileza”. A mudança, explicava o profeta, é porque ninguém é obrigado a nada e devemos ser gentis uns com os outros, além de nos relacionar por amor e não por favor. Criticava o apego ao material em detrimento do espiritual, afirmando que o “capetalismo” conduzia ao embrutecimento, egoísmo e infelicidade.
Sua saúde começou a se fragilizar em 1993, quando uma queda lhe causou uma fratura na perna, aos 76 anos. A dificuldade de locomoção foi agravada por problemas circulatórios e ele, aos poucos, foi diminuindo o ritmo de sua rotina. Gentileza voltou para o interior de São Paulo no fim da vida. Em 28 de maio de 1996, aos 79 anos, faleceu em Mirandópolis (SP), onde se encontra enterrado no "Cemitério da Paz".
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